Rumba

Rumba

O estilo de rumba que surgiu em Cuba no século 19 teve as suas raízes no batuque de escravos da África Central, que foi então combinado com melodias dos colonizadores espanhóis de Cuba. Mas o ritmo manteve o seu carácter distinto – tanto que, quando as gravações de vinil foram exportadas para a África Central no século 20, foram imediatamente reconhecidas como rumba. A semelhança de outros géneros musicais do mundo, existe uma variante do Rumba Angolano.

Rumba ou “nkumba” (umbigo em Kikongo), na sua formulação original, descreve a união e fricção de umbigos, uma dança que marcou as celebrações para os povos do Reino do Kongo (que abrangeu o que hoje conhecemos como Angola, a República do Congo e a República Democrática do Congo).  

A Rumba Congolesa moderna, contudo, é muito mais do que apenas uma dança ou estilo musical, encarna a criatividade, espírito, filosofias e cultura do povo congolês. É o legado dos escravos, constrangidos a deixar o seu país para as Américas sem nada mais do que a sua essência para ligá-los ao continente. É o produto de uma troca entre os dois Congos e Cuba, e mais tarde um grito de movimentos de libertação. 

Foi ao ritmo da “Indépendance Cha Cha” do Grand Kallé que a maioria dos Congoleses celebrou a sua independência. Esta canção, amplamente difundida nos anos 60, relata os acontecimentos que levaram ao processo de independência. Considerada como um dos primeiros sucessos pan-africanos e da rumba congolesa, esta canção encarna a força e a influência da rumba congolesa através da história. A rumba congolesa também ajudou a aproximar os dois Congos, reforçando as suas identidades culturais e abrindo o caminho para a criação de outros estilos musicais. 

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