José Martins Trindade, conhecido artisticamente por “Boto Trindade” nasceu aos 6 de Dezembro de 1951, em Benguela.
Seu percurso como guitarrista começou em 1968 no Conjunto Horizonte.
De de 1970 a 1971, fez parte da formação os ” De Bangas” com seus irmãos, Kinito Trindade (baixista) e Dinho Trindade (guitarrista) e Mestre da família, ambos de feliz memória.
Ainda em Benguela, Boto Trindade, fundou o agrupamento “Bongos” do Lobito. Com o conjunto, Boto gravou vários singles de sucesso entre 1972 e 1975.
Foi nesse período, que Botto Trindade amadureceu profissionalmente, definindo um discurso musical mais voltado para os ritmos angolanos, cuja vitalidade tem sido aplaudida em toda a extensão de Angola.
O grupo Bongos legou à história da Música Popular Angolana. Temas Como “Kazucuta” e “Pachanga Maria”, configuram-se nos dois grandes e significativos êxitos do conjunto.
No mesmo período gravou o seu primeiro single, mas fora dos Bongos, na Editora Valentim de Carvalho, com o Grupo Semba. A música Benguela Libertada é uma amostra do sucesso do single.
Boto trindade Também passou pelo grupo Os Kiezos, em 1976, e mais tarde pelo Fapla Povo, ao lado de David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes. O Artista também participou da gravação do Instrumental 1 de Maio de 1981, promovido pela União Nacional dos Trabalhadores Angolanos.
Integrou igualmente o agrupamento Semba Tropical entre 1982 e 1983, com o qual fez inúmeras deslocações para o exterior do país, com destaque para o espetáculo realizado no Brasil no âmbito do projecto Canto Livre de Angola, que teve a co-produção do músico brasileiro Martinho da Vila.
Em bandas como Semba Tropical, Madisesa, Welwitchia e Tropicalíssimo, o solista actuou em vários países, entre os quais Cuba, Inglaterra, Burundi, Portugal, Zaire, Cabo Verde, e Moçambique. Boto Trindade trabalhou ainda com músicos consagrados, como Elias dya Kimuezo, Waldemar Bastos, Carlos Burity e Paulo Flores, e com artistas da geração dos anos 80.
O músico já esteve vinculado à Banda da Televisão Pública de Angola e ao “Conjunto Angola 70”, formação que congrega instrumentistas que marcaram a música angolana
Fonte: Palácio de Ferro
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