A “Galeria do Semba” é um espaço de configuração museológica que conserva a história do estilo musical semba e dos seus protagonistas. O espaço foi inaugurado a 24 de Janeiro de 2020. Na “Galeria do Semba” pode-se encontrar outras nuances rítmicas, porque qualquer música feita por angolanos também contribui para o mosaico cultural.
A intenção da iniciativa visa contribuir no conhecimento da música e cultura nacional em todos os níveis e que tudo está a ser feito para que os interessados encontrem no projecto um local de fonte de pesquisa e de conhecimento. “Pretendemos que os apreciadores do semba sintam-se parte do projecto por ser um compromisso da casa em colaborar com todos os interessados em conhecer a história angolana, por intermédio da música nacional.”
Dom Caetano – Assessor da Galeria do Semba: Galeria do Semba pretende realizar debates, palestras e colóquios como elementos importantes para a transmissão da informação às gerações vindouras, bem como aos turistas estrangeiros que são por excelência multiplicadores de conhecimento da origem e história do estilo Semba; é um exercício importante porque permite, desta e de outras formas, poder ajudar a divulgar com alguma propriedade sobre a história da música popular, instrumentos e os intérpretes, na defesa da matriz cultural nacional. “É necessário mobilizar a sociedade e não esperar que o Estado faça tudo. Como fazedores culturais temos também um papel importante em todo esse processo. Muitos dos nossos estilos acabam por ser identificados como de origens de países sul-americanos e do Ocidente por desconhecerem as origens”.
DJ Manya – Gestor e Promotor da Galeria do Semba: “Há um Semba em Cada Canto”, pretende-se transformar um local de “encontros geracionais” entre artistas e o público, na continuidade das realizações periódicas de espectáculos de rua, de pequena dimensão, mas capazes de difundir e valorizar o semba.
O “ano artístico” abre às portas em Fevereiro com a realização de um grande espectáculo de rua. “Estamos a criar condições no sentido de conseguir reunir um “nipe” de convidados que vão fazer toda a diferença no regresso do projecto depois do interregno da quadra festiva”.
O palco tem sido montado mesmo na rua, defronte a entrada da Galeria do Semba, para criar empatia com o público. O modelo tem sido produzido para quem estivesse nos arredores entre as “Bes” e “Ces”, o Pica Pau, Dona Malha, Marçal e Terra Nova, sejam influenciados a se juntarem à “festa do semba”; a ideia foi criar conceitos de espectáculos onde as pessoas pudessem participar sem pagar nada no sentido de promover a interacção com um público mais desfavorecido.
O “Rei” da música angolana, Elias diá Kimuezo, a cantora e compositora Tonicha Miranda, o cantor e compositor Luís Martins “Xabanu”, o pesquisador Roldão Ferreira e o grupo carnavalesco União Recreativo Kilamba foram as primeiras figuras a serem homenageadas pelo projecto “Galeria do Semba”, em prol do contributo que têm prestado para o crescimento das artes no país ao longos dos tempos. Segundo Dj Manya, este ano, o tributo a figuras emblemáticas ligadas à cultura vão continuar. A Galeria do Semba com as distinções, disse, confirma o “compromisso na divulgação dos principais nomes e o contributo que deixaram na música angolana, com o estilo semba como bandeira.”
Divulgação dos diferentes géneros musicais e estilos de dança, celebrando permanentemente estas duas artes universais, que não têm barreiras políticas, culturais nem éticas.